Quem chega à Mina do Corumi já avista, da portaria, o resultado da revegetação que avança rapidamente na área.  O verde vai, aos poucos, cobrindo os taludes e dando novo aspecto ao espaço. Apenas em outubro, mais de 28 mil metros quadrados foram plantados e a previsão é de que, até o final de dezembro, outros 62 mil metros quadrados sejam concluídos.

A tecnologia usada pela Nascente Fernandes, empresa atualmente responsável pela revegetação realizada na Empabra, é a Manta Vegetal Projetada (MVP) que demonstra alta eficácia na regeneração de solos estéreis, garantindo resultados rápidos. O trabalho começa com o coveamento das áreas. Depois disso, é feito o trabalho de hidrossemeadura nos taludes, utilizando um mix de sementes de espécies agrônomas, como feijão guandu, girassol, nabo e aveia. Após a hidrossemeadura, a Manta Vegetal Projetada é aplicada no solo, garantindo o suporte necessário e a proteção das sementes.

As espécies agrônomas promovem o enriquecimento do solo e evitam a erosão dos taludes, evitando, assim, o assoreamento dos sumps (bacias de contenção) e facilitando o processo de infiltração da água no solo e a drenagem da área. Após o plantio das espécies agrônomas, são plantadas mudas de espécies nativas da região como ipês, quaresmeiras, jacarandás, angicos vermelhos e paus pombo.

O plantio, realizado no período de chuva, potencializa os resultados e promove economia de água, uma vez que a água das chuvas está sendo armazenada e utilizada para o cuidado necessário com as áreas plantadas.

    

Evolução do trabalho de revegetação realizado na Empabra

Recuperação ambiental

A revegetação é a etapa final de um processo de recuperação ambiental. Na Mina do Corumi, este processo foi iniciado em 2012 quando a empresa retomou suas atividades na área que, entre as décadas de 50 e 90, havia sido explorada por diversos empreendedores e teve suas atividades paralisadas, sem planejamento, em função das discussões sobre o tombamento da Serra do Curral. Com a paralisação repentina, a região transformou-se em passivo ambiental.

Entre as ações de recuperação ambiental realizadas, desde a retomada das atividades na área, pela Empabra, estão: retirada e comercialização de pilhas de minério abandonadas, descomissionamento de diques (pequenas barragens), reconformação de taludes, implantação de sistemas de drenagem, instalação de sumps (bacias de decantação) para contenção de sedimentos e recarga de aquífero e, por fim, a revegetação da área.

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